20.1.06

Organizar e gerir a informação é fundamental

Hoje eu estava revendo a apresentação que o Morville apresentou no workshop "O Uso Estratégico da Arquitetura de Informação" promovido pelo Terra Forum. Fala da importância estratégica de encontrar a informação necessária na hora necessária.
Inúmeras citações de quanto dinheiro é gasto na busca pela informação correta dentro de tempo hábil. É claro que se formos pensar no fluxo de informação da Internet teremos uma idéia do quanto isso é importante. Mapear e encontrar a informação correta, confiável e em tempo hábil é como encontrar ouro. Eis porque o papel do arquiteto de informação é tão importante na grande rede.
Avaliar o propósito do site, sua missão, fluxo de informação, com flexibilidade, avaliando a usabilidade e ergonomia e estabelecer as melhores formas do usuário encontrar o que procura.
Um estudo publicado na Consumer Reports WebWatch, apresenta um estudo sobre credibilidade da web: Leap of Faith:
Using the Internet Despite the Dangers
. Neste estudo foi realizada uma pesquisa com usuários da Internet sobre quais são as razões que os fazem visitar um website. Nos resultados apresentados, 88% das pessoas responderam que a principal razão é o sigilo e segurança mantido pelos websites das informações pessoas, fornecidas por usuários. 81% das pessoas responderam que são os sites que apresentam informações confiáveis ou de fontes confiáveis e 77% das pessoas afirmaram que preferem sites fáceis de navegar e de encontrar o que procuram.
Segurança, sigilo, confiabilidade e facilidade de encontrar o que procura, eis o que os usuários que navegam na Internet procuram. Em minhas lembranças posso lembrar de inúmeras discussões que enfatizavam essas questões, que pelo visto continuam sendo muito importantes. Questões importantes não somente na web mas em qualquer serviço oferecido.
Hoje principalmente, a quantidade de informação disponível e acessível ao usuário manifesta o que Wurman chama de ansiedade de informação. O usuário tem a sensação que nunca está suficientemente informado, apesar de ler tudo que lhe cai em mãos. E assim surge a sensação de quem as leituras que faz não são suficientes, o que se torna um ciclo vicioso. A gestão do conhecimento entra neste cenário como um bote salva vidas em um oceano de informações, resgatando o que realmente é importante, ou seja, a GC permite que a informação adquira realmente seu papel estratégico e diferencial.

5.1.06

O cliente bateu o pé e quer do jeito dele. Abra caminho.

Ano novo, vida nova, novos projetos, novos clientes... nem sempre. Lidar com cliente é sempre algo complicado. Creio que principalmente para quem trabalha com Internet há algum tempo e que tem clientes que não entendem tanto assim desse assunto. Hoje, navegando na Net encontrei esse diagrama que se não fosse cômico seria realmente trágico. É engraçado mas tem uma verdade inegável. A comunicação entre as pessoas possui muitos ruídos e dá margem a diferentes interpretações que são influenciadas pela vivência de cada um.
Imagine-se frente ao seu cliente. Ele quer algo que você sabe que não vai ficar bom e que provavelmente vai trazer problemas no futuro. Você explica, argumenta, exemplifica, mas o cliente bate o pé. Tem jeito? O cliente viu no site tal e achou legal. Quer também. Não adianta argumentar que o projeto é diferente, que o que ele quer está fora do contexto. Pra resolver a situação, só fazendo o que o cliente quer. Mas e o nosso trabalho? Vai por água abaixo?
Eu acredito que nessas horas é bom estar preparado: faça o que o cliente pede mas deixe a solução que você acha melhor preparada para ser apresentada. Nesses casos é bom testar a solução escolhida pelo cliente e a solução proposta por você. Algumas pessoas são como São Tomé: só acreditam vendo. Assim ele pode ver o que pediu e o que você está propondo. Abra caminho para outra solução.
É a mesma coisa quando um usuário vai para o serviço de referência de uma biblioteca. Quer a informação tal. Procura, procura. Nada. Mas qual é o objetivo? O que se pretende com a informação? São esses os questionamentos que devem ser feitos nessa hora. Se a pesquisa for direcionada de forma correta, outros caminhos se abrem e a melhor forma de resolvê-la se apresenta mais facilmente. O papel do bibliotecário e do arquiteto de informação é abrir caminhos para o usuário encontrar o que procura.