22.12.06

A diferença do capital intelectual

Após um longo período sem escrever, eis que surge uma oportunidade, embora rápida, de postar novas idéias. Estou me embrenhando em um novo projeto que tem tomado muito meu tempo, principalmente por causa de novos processos de trabalho ao qual estou me inteirando. Nestes últimos meses tenho visto a importância do capital intelectual para uma empresa. É interessante notar como esse capital influencia nos resultados e principalmente no processo de gestão. Estive lendo desde Consuelo Rocha, Choo, Davenport e é estranho como esse capital, antes "oculto" ou não calculável tem tomado vulto. Com o termo já clichê de "era da informação", os valores se alteram e vemos como a informação realmente pode ser a diferença em exemplos de grandes empresas (estas que tem seu valor calculado por sua força de trabalho e não apenas por valor imobiliário e clientela). Repare como a contratação de uma pessoa reconhecidamente capacitada ou mesmo com uma boa formação agrega valor à empresa. Elas estão ganhando mais ao treinarem e capacitarem sua força de trabalho e as que não o fazem procuram profissionais que já tenham treinamento e capacitação. O atraso fica por conta de empresas que não possuem essa mentalidade e nem permitem que seus colaboradores o façam. Não há mais como avançar sem informação. Nem há como parar de aprender e gerar conhecimento com a importância que estes tem ganhado, afinal o avanço de hoje e sempre tem sido e acredito que continuará sendo o aprendizado e a capacitação hoje mais em voga pela crença acertada de que conhecimento compartilhado é conhecimento duplicado.

3.10.06

Tecnologia X Conhecimento Humano

Quando é que as pessoas vão entender que o conhecimento humano está acima da tecnologia? Que de nada adiantam sistemas complexos que realizam tarefas rapidamente se não há conhecimento que sirva para usar e principalmente para armazenar nestes sistemas. De quê me adianta um banco de dados repleto de funções e aplicativos eficientes se não existem informações para serem buscadas ou armazenadas. Eis o poder do homem: gerar conhecimento. A tecnologia é mero artifício.
Lendo atualmente: Ecologia da Informação de Thomas Davenport.

15.9.06

Novidades para os AIs


Hoje, em minhas navegações diárias acessei o blog da Lulli e me deparei com um lançamento muito conveniente para AI. Está pra sair do forno o livro aí do lado.
O livro, pelo resumo que li no site do autor, Dan Brown (não, não é o do "Da Vinci") aborda documentos utilizados na área de AI. Documentos desde wireframes, mapas de site até testes de usabilidade. Com certeza vem bem a calhar, principalmente se pensarmos em processos de trabalho.
Falando em processo de trabalho, estive conversando com um amigo, Ricardo Augusto, sobre processos de trabalho e as dificuldades deste principalmente por causa da segmentação entre processos. Algo tipo, começa com a equipe de atendimento, passa pra planejamento, passa pra arquitetura, passa pra designer, passa pra redação, passa pra tecnologia... e por aí vai. Será que um processo mais integrado, algo como equipe por cliente não seria mais eficiente? Claro que existem prós e contras para os 2 processos, mas ando acreditando que um processo por equipe de trabalho flui com maior eficácia e velocidade. Isso principalmente porque integraria processos, como a AI, planejamento e tecnologia. Digo isso porque o planejamento e a tecnologia que serão usados em determinado projeto influenciam diretamente no processo de "arquitetar".
Algo a se pensar.

15.8.06

Padronizar ou diferenciar?

Estive lendo o artigo Browsers e seus diferenciais e comecei a pensar a respeito da padronização. Ora, nosso processo de aprendizagem se torna muito mais rápido quando repetimos várias vezes a mesma coisa, seguindo os mesmos padrões. No caso de browsers que são muitas vezes ferramentas de trabalho, não seria mais fácil que seguissem um padrão básico? E seu diferencial fossem serviços, como coloca o artigo que citei? Digo o mesmo para a interface dos celulares, é inconcebível ter que reaprender a trabalhar no aparelho toda vez que compra um novo. A semelhança só aparece se o fabricante é o mesmo, mas tente mudar de fabricante a cada troca... Perdemos inclusive nosso tempo para refazer o processo de trabalho que já tinha sido aprendido porque os padrões são alterados. Haja memória.

9.8.06

Ansiedade da Informação e Gestão do conhecimento

A ansiedade da informação está muito em voga atualmente. Resultado direto da explosão de mídias que permitem maior interação como blogs, podcasts, pra citar alguns, possibilitados principalmente pela Internet. A TV digital também é um meio que permitirá uma interatividade nunca vista antes, mas que ainda continua em fase de constituição de padrões e leis. Nesse novo cenário, instantâneo, interativo e, principalmente, com ênfase na produção de informação (vamos deixar a discussão sobre dado>informação>conhecimento para um próximo post), a ansiedade de informação torna-se objeto de destaque.
Quem nunca se sentiu culpado por não conseguir se atualizar como acha que deveria estar atualizado? Por não conseguir ler todos os livros e artigos que acha que deveria ler ou que achou interessante? E os e-mails que crescem a cada segundo, sem que se consiga pelo menos esvaziar a caixa postal antes que novos e-mails cheguem? O estresse parece fazer parte do cotidiano tóxico em que estamos vivendo, é o que Wurman (2005) chama de a "sociedade do mais". Nossa cultura enfatiza o que popularmente chamamos de "decoreba", mas imagine receber milhares de informações diferentes todos os dias e ter que decorar. Não há como. De acordo com um estudo feito por Freitas e Soares (2004) nossa capacidade para decorar, ou melhor, nossa memória de curto prazo, tem capacidade limitada de armazenamento. Não é o caso de desesperar então quando vimos algo ontem e já nos esquecemos do que se tratava. O fato é que para assimilarmos algo realmente, ou compreender a informação que recebemos, é preciso que a informação seja vista e revista várias vezes; só assim esta informação passará para a memória de longo prazo que tem a capacidade de armazenamento ilimitada.
Bem, já que é complicado rever a mesma informação várias vezes em nossa rotina de novidades piscantes como não se perder nesse oceano?Oceano
Considerando a metáfora de oceano e em se tratando de navegar pelo mar de informações, a Gestão do Conhecimento assemelha-se àquele grito preso na garganta: "terra à vista". Definição de metas, objetivos, planejamento estratégico, monitoramento ambiental, inúmeras são as ferramentas que nos são oferecidas. Mas o fundamental é saber para onde queremos ir e como chegar lá, com a determinação de necessidades e objetivos a Gestão do conhecimento se transforma na ferramenta fundamental, ou quem sabe na "bóia salva-vidas", que nos permite gerenciar as informações que possuam conexão com as metas e objetivos traçados.

17.7.06

Mais ansiedade!!



Eu ganhei! Eu ganhei!!

Para quem não sabe sobre esta preciosidade segue artigo retirado de: Um novo guia para um novo tempo: Editora de Cultura lança Ansiedade de Informação 2

Após o sucesso de “Ansiedade de Informação”, a Editora de Cultura lança mais um guia de Richard Saul Wurman: Ansiedade de Informação 2. Num tempo em que as informações são transmitidas e recebidas o tempo todo, incessantemente, em diversas situações da vida cotidiana, sua leitura é relevante não apenas para os profissionais especializados em comunicação, mas a toda sociedade contemporânea.

Buscando adequar o tema ao novo patamar atingido pela tecnologia da informação, Ansiedade de Informação 2 não é uma continuação do primeiro livro, embora este continue interessante e válido em seus princípios sobre a necessidade de criar compreensão. Porém, quando Ansiedade de Informação foi lançado, ainda não estavam disseminadas tecnologias como o palm top, celular, DVD, correio eletrônico e a Internet não havia ganho o espaço que tem hoje. Esse novo cenário impulsionou o surgimento dessa obra, um livro não-linear, o qual afirma explicitamente que as informações produzidas e veiculadas na quantidade que recebemos hoje podem estar mais atrapalhando do que sendo úteis às pessoas, já que há uma preocupação muito maior com o estilo e a estética do que em tornar as informações realmente compreensíveis.

Autor de uma centena de livros, Wurman tornou-se best-seller nos EUA com essas duas obras que popularizaram a expressão “arquitetura da informação”, expressão de um novo campo de trabalho lançado por ele ao organizar a Conferência Nacional do American Institute of Architets de 1976.

Partindo da premissa de que é preciso aprender a diferença entre informação como produto e informação como significado, o autor defende que, uma vez dominadas as regras para dar e receber informação, é possível aplicá-las competentemente em qualquer contexto. Dessa maneira, poderemos nos tornar produtores mais competentes da informação e, conseqüentemente, gerar mais eficiência na compreensão.

Escrito de maneira objetiva e irreverente, procura estimular a curiosidade do leitor e oferece um panorama geral da influência e importância das instruções e informações na nossa vida, além de mostrar aplicações práticas dos conceitos que defende para a vida cotidiana. O texto permite que a leitura seja feita de acordo com as duas leis máximas do autor: interesse é o melhor acesso a informação (as pessoas só aprendem aquilo que lhe interessam) e ser subversivo (quanto mais questionar, mais aprenderá).

Traz discussões e soluções válidas para todo tipo de mídia e conta com o auxílio de mapas, ilustrações, citações e artigos de especialista, sendo um guia muito útil não apenas a comunicadores, mas a todas as pessoas que lidam diariamente com o processo de recepção e transmissão de informações."

Fonte: Bansen Comunicação e Marketing.

Um livro nunca deixa você na mão

Essa eu não poderia deixar passar. Na era da informação, dentre muitos debates sobre o fim do papel, digitalização, compactação, convergência, ansiedade de informação, dentre outros...

Eis que surgem idéias e conceitos interessantes:


A book will never let you down



Grande abraço.

28.6.06

Cumprindo promessa e Informação na Internet

Cumprindo a promessa, taí do lado o arquivo sobre Gestão Estratégica da Informação no Ambiente empresarial. Vou começar a colocar os trabalhos que produzo nesta área Produção Científica.
Aproveito o post pra comentar sobre o Seminário e o Simpósio aí da imagem.
O primeiro, pago e o segundo não. Achei uma injustiça restringir o acesso desta forma, digo isso porque o Seminário tem um preço bem salgado, mas tudo justificado quando fui dar uma olhada na programação e verificar quem seriam os palestrantes: Antônio Alberto Valente Tavares da ABRANET e do Comitê Gestor Internet, Marco Marinucci, executivo do Google e responsável pelo Google Books, Guilherme Ribenboim, Gerente Geral do Yahoo! Brasil, Guga Stocco Filho, Gerente de Serviços de Informação do MSN Brasil (foi executivo de negócios de e-commerce da UOL e diretor de desenvolvimento de negócios para a América Latina na Verisign, além de diretor comercial e de publicidade do iG) e Ailton Feitosa, prof. Dr. da UnB e do IESB.
Com um time desses, quem se atreve a perder?

7.6.06

Muita informação "informa"?

Há alguns dias, ao elaborar um wireframe uma dúvida cruel: será que tanta informação é necessária? A questão se resumia no seguinte: o usuário deveria visualizar os dados de cada registro para que soubesse as alterações que deveria fazer quando acessasse a edição de conteúdo do registro.

É complicado definir o que o usuário poderá visualizar mas é uma velha briga dentro da área, associando a questão à da censura. Mostrar todo conteúdo mesmo que confunda o usuário? Esconder conteúdo? Sou a favor de mostrar o importante criando níveis de aprofundamento, pois assim o usuário poderá assimilar todo o conteúdo que deve ser informado, mas também ter uma visão geral e se quiser, se aprofundar.

Mas como dar a oportunidade ao usuário de escolher o que quer ver? Funciona quando já existem informações na tela e filtros para que o usuário escolha o que e como deseja visualizar. Mas se os filtros não existem, é muito importante que os profissionais da informação considerem para quem está sendo feito o sistema ou a arquitetura do site. Nesta parte o estudo do usuário é fundamental.

Achei um texto interessante do André Azevedo que vale a pena ser lido: Quando proibir é divulgar, e informar é censurar.

30.5.06

Gestão estratégica da informação


Sexta-feira passada apresentei um trabalho junto com alguns colegas da pós sobre a gestão estratégica da informação (pedirei autorização a eles para depois disponibilizar o trabalho aqui). Foi um trabalho que na verdade era a exploração de um texto de CARVALHO, ANDRADE e ESCRIVÃO FILHO, mas que tomou tal forma (muita contribuição do interesse do grupo em saber mais sobre o tema e explorá-lo contribuiu para isso) que creio que poderia ser o trabalho de um semestre inteiro.

Abarca o desenvolvimento e surgimento de estratégias para tomada de decisão, planejamento e gestão da informação, monitoramento ambiental da informação (importantíssima fonte para tomada de decisão), tipos de sistemas de informação e principalmente a tomada de decisão.
Coube a mim e uma colega do Grupo de Pesquisa em Marketing da Informação, Fernanda Cordeiro, apresentar a parte sobre monitoramento ambiental, ou seja, o fluxo de informação dentro e fora do ambiente empresarial, fontes de informação que podem ser utilizadas (dentre colégio invisível, mercado, clientes, fornecedores, eventos, bases de dados, associações, etc). Muitas citações a CHOO, a WILSON, DAVENPORT e MORESI, para interpretação dos tipos de ambientes que podem e devem ser monitorados para que o planejamento estratégico possa fundamentar-se e as decisões possam ser tomadas baseadas em critérios sólidos (ou menos infundados).
Vale a pena ler os textos citados e se aprofundar.

17.5.06

Quero mais Brasil

Me permito hoje um off-topic para abraçar uma causa muito importante. Recebi as linhas abaixo de um amigo, Ricardo Augusto e resolvi compartilhar com vocês. Certas coisas precisam ser compartilhada, até por valores pessoais mas muito mais por patriotismo.

Quero mais Brasil
http://www.queromaisbrasil.com.br/

O Quero Mais Brasil é um movimento que convida toda a sociedade brasileira a se dar as mãos e fazer com que o eterno país do futuro se torne o Brasil do presente. É um movimento sem nenhuma ligação partidária. Ele nasce da iniciativa de desejos brasileiros de fazer algo mais do que simplesmente votar de dois em dois anos e já conta com o apoio de uma parcela significativa da sociedade, representada por mais de 180 das mais variadas associações de classe.

Querer Mais Brasil é participar deste movimento ao lado de vários brasileiros, empresários, artistas, líderes, trabalhadores, pessoas que vão usar a cidadania para construir uma cidade, um estado e um país melhor. É descruzar os braços. Querer Mais Brasil é querer transparência nos gastos públicos de todos os governos. Não é ser contra nenhum partido ou político. É ser a favor do Brasil, dos Estados e de todos os municípios.

Querer Mais Brasil é exigir que todos os governos, das cidades, dos estados e do país, não gastem mais do que arrecadam. Sem dívida crescente, sem juros excessivos, sem gastos mal feitos. É exigir menos gasto na máquina pública e mais serviços sociais e investimentos. Querer Mais Brasil é exigir a mesma eficiência dos orgãos públicos que se exige da iniciativa privada: incompetentes fora, profissionais competentes e premiados e corrupção eliminada.

Querer Mais Brasil é não ficar calado. É descruzar os braços e construir juntos.

Chega do país do futuro. Quero Mais Brasil agora.

11.5.06

Fluxo da informação sem barreiras


A serendipidade é uma coisa incrível, principalmente na Internet, não? Procuramos por algo e encontramos outro. Tenho o costume de procurar novidades relacionadas a gestão do conhecimento, fluxo de informação, arquitetura de informação, dentre outros. Ontem recebi um e-mail de um colega da lista Bib_virtual do qual participo, intitulado Direito autoral flexível ganha espaço na net. O artigo fala de uma empresa que está sendo criada para oferecer música livremente pela internet, se apoia em índices de mercado onde afirma que

Em vez de vender CDs, a gravadora vai disponibilizar os álbuns de seus artistas gratuitamente no site, atualmente em construção. "A idéia surgiu pela observação do mercado, porque vender CDs já não lá lucro há muito tempo(...)" afirma Fernando Ceal.

O dinheiro surgirá de outras formas, mas o conceito de disponibilizar informação é muito intessante. Ok! Música é sentimento, mas música descreve sentimento. Então é informação sobre sentimento. No fim, é informação! O combate a pirataria é uma mega campanha, que no final não atinge seu objetivo. Não conseguem barrar essa informação (muito menos os preços baixos praticados pela possibilidade que a cópia oferece), as fronteiras para ela não existem.

Outro artigo que li O que é Freedom Toaster? aborda o uso de quiosques de copiadoras de CDs, onde as pessoas podem copiar o que quiserem. Imagine o fluxo de informação? Conseguiu? Ainda não consegui concretizá-lo. Pense em quanta informação disponível. Será que a gestão da informação ainda precisa de defensores para que as pessoas saibam que ela é fundamental? Os futuros gestores, provavelmente inúmeros bibliotecários, terão muito trabalho. Mas nada de guardar livros. Nosso trabalho será pensar. E muito. Pensar em como organizar o conhecimento que surge a cada dia, a cada hora e segundo.

3.5.06

Ainda sobre estresse...

Estive lendo o artigo Cérebro ‘burro’ é principal fator de estresse de Nuno Cobra, onde ele aborda a incapacidade do nosso cérebro de parar de trabalhar. Digo isso porque segundo o artigo, nosso cérebro "adora" antecipar problemas causando nosso estresse diário, está sempre pronto pra ação, vagamente para o planejamento, levando tudo tão a sério, se preocupando, se ocupando demais.

O mais interessante é quando Cobra diz que nosso cérebro é mais do que burro e que o desastre orgânico que ele provoca ao se preparar para uma suporta luta acaba com nossos neurônios :

"Uma vez que quando você está pensando no combate – entrevista, reunião, concurso, apresentação, palestra – que irá travar na quinta feira da outra semana, o seu cérebro não sabe que você está só pensando; ele tem certeza que você está se lançando em pleno combate e necessita de todas suas forças."

A relação com o livro de Wurman é inegável, pois a ansiedade está diretamente ligada ao incansável "trabalho" de pensar. Será que a gestão disso, do pensamento, da informação, do conhecimento, auxilia realmente? Tenha certeza disso. Afinal, hoje, com o volume de informações, sejam tácitas ou explícitas, não há como não organizar. Afinal, como encontrar o que se procura, como se informar de interesses definidos, sem ficar desesperado se não houver uma gestão?

19.4.06

Estresse tecnológico


Estava lendo o artigo Estresse tecnológico: será que ele já atingiu você? que saiu na Infomoney e comecei a lembrar do livro do Richard Wurman, Ansiedade de informação.

O livro fala da explosão da informação, tão comentada nos curso que lidam com informação, do poder que a informação adquiriu, e a importância extrema que damos a ela. E propõe a utilização de um tipo de gestão para que possamos lidar com ela. Uma prova de como é importante gerenciar o que temos ao nosso redor.

Em contrapartida encontrei o artigo A dor de nunca saber o bastante, de Cristiana Baptista, que fala que hoje é até perigoso saber demais. Será? Concordo que o excesso nos dá uma crise de ansiedade horrível. Prova disso é quando sentamos em frente ao computador, tentamos acessar a internet para ver o site que queremos e nada dele abrir. Haja paciência para agüentar. É quase uma necessidade saber, não? Mas hoje, é impossível saber de tudo.

A ansiedade pode ser controlada se aprendermos a gerenciar as coisas que são mais importantes para nós. Podemos selecionar os e-mails que recebemos e ler apenas aqueles não podem deixar de ser lidos, selecionar jornais e revistas e ler apenas os artigos que nos interessam, até comprar apenas os capítulos de livros que precisamos, ao invés do livro todo (proposta muito discutida após a vontade do Google de disponibilizar o conteúdo inteiro de livros na Internet, a Amazon.com já faz isso). Com o crescimento da informação na Internete outros meios de comunicação, produção de documentos, de cursos de especialização e até mesmo dos de graduação, crescimento de meios de mídia, dentre outros, aprender a lidar com o excesso de informação é fundamental.

12.4.06

Gestão do Conhecimento

Muito em voga, a Gestão do Conhecimento tem sido alvo de inúmeros debates e até confusões. A temática se mistura com Gestão da Informação. Eis a prova: o Mestrado em Gestão da Informação e do Conhecimento do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília.
Confusões e debates a parte, esta gestão está se tornando muito necessária em grandes empresas e em nossa vida cotidiana mesmo. Isso por causa da quantidade de informação que vem circulando, rondando e preenchendo nossas vidas.
Se já é complicado pra nós, gerenciar caixas de e-mails, revistas e jornais a serem lidos, cursos a serem feitos, eventos para participar, imagine empresas com diversos projetos, com vários empregados e seus conhecimentos agregados.
Comecei a ler o livro Gestão do conhecimento: aprendizagem e tecnologia, construindo a inteligência coletiva
e algumas coisas parecem começar a fazer sentido, ou pelo menos podemos entender a importância da gestão em ambientes empresarias. E até, porque não, em nossa vida.
Este seria um campo bem interessante para profissionais da informação, particularmente para bibliotecários.

20.1.06

Organizar e gerir a informação é fundamental

Hoje eu estava revendo a apresentação que o Morville apresentou no workshop "O Uso Estratégico da Arquitetura de Informação" promovido pelo Terra Forum. Fala da importância estratégica de encontrar a informação necessária na hora necessária.
Inúmeras citações de quanto dinheiro é gasto na busca pela informação correta dentro de tempo hábil. É claro que se formos pensar no fluxo de informação da Internet teremos uma idéia do quanto isso é importante. Mapear e encontrar a informação correta, confiável e em tempo hábil é como encontrar ouro. Eis porque o papel do arquiteto de informação é tão importante na grande rede.
Avaliar o propósito do site, sua missão, fluxo de informação, com flexibilidade, avaliando a usabilidade e ergonomia e estabelecer as melhores formas do usuário encontrar o que procura.
Um estudo publicado na Consumer Reports WebWatch, apresenta um estudo sobre credibilidade da web: Leap of Faith:
Using the Internet Despite the Dangers
. Neste estudo foi realizada uma pesquisa com usuários da Internet sobre quais são as razões que os fazem visitar um website. Nos resultados apresentados, 88% das pessoas responderam que a principal razão é o sigilo e segurança mantido pelos websites das informações pessoas, fornecidas por usuários. 81% das pessoas responderam que são os sites que apresentam informações confiáveis ou de fontes confiáveis e 77% das pessoas afirmaram que preferem sites fáceis de navegar e de encontrar o que procuram.
Segurança, sigilo, confiabilidade e facilidade de encontrar o que procura, eis o que os usuários que navegam na Internet procuram. Em minhas lembranças posso lembrar de inúmeras discussões que enfatizavam essas questões, que pelo visto continuam sendo muito importantes. Questões importantes não somente na web mas em qualquer serviço oferecido.
Hoje principalmente, a quantidade de informação disponível e acessível ao usuário manifesta o que Wurman chama de ansiedade de informação. O usuário tem a sensação que nunca está suficientemente informado, apesar de ler tudo que lhe cai em mãos. E assim surge a sensação de quem as leituras que faz não são suficientes, o que se torna um ciclo vicioso. A gestão do conhecimento entra neste cenário como um bote salva vidas em um oceano de informações, resgatando o que realmente é importante, ou seja, a GC permite que a informação adquira realmente seu papel estratégico e diferencial.

5.1.06

O cliente bateu o pé e quer do jeito dele. Abra caminho.

Ano novo, vida nova, novos projetos, novos clientes... nem sempre. Lidar com cliente é sempre algo complicado. Creio que principalmente para quem trabalha com Internet há algum tempo e que tem clientes que não entendem tanto assim desse assunto. Hoje, navegando na Net encontrei esse diagrama que se não fosse cômico seria realmente trágico. É engraçado mas tem uma verdade inegável. A comunicação entre as pessoas possui muitos ruídos e dá margem a diferentes interpretações que são influenciadas pela vivência de cada um.
Imagine-se frente ao seu cliente. Ele quer algo que você sabe que não vai ficar bom e que provavelmente vai trazer problemas no futuro. Você explica, argumenta, exemplifica, mas o cliente bate o pé. Tem jeito? O cliente viu no site tal e achou legal. Quer também. Não adianta argumentar que o projeto é diferente, que o que ele quer está fora do contexto. Pra resolver a situação, só fazendo o que o cliente quer. Mas e o nosso trabalho? Vai por água abaixo?
Eu acredito que nessas horas é bom estar preparado: faça o que o cliente pede mas deixe a solução que você acha melhor preparada para ser apresentada. Nesses casos é bom testar a solução escolhida pelo cliente e a solução proposta por você. Algumas pessoas são como São Tomé: só acreditam vendo. Assim ele pode ver o que pediu e o que você está propondo. Abra caminho para outra solução.
É a mesma coisa quando um usuário vai para o serviço de referência de uma biblioteca. Quer a informação tal. Procura, procura. Nada. Mas qual é o objetivo? O que se pretende com a informação? São esses os questionamentos que devem ser feitos nessa hora. Se a pesquisa for direcionada de forma correta, outros caminhos se abrem e a melhor forma de resolvê-la se apresenta mais facilmente. O papel do bibliotecário e do arquiteto de informação é abrir caminhos para o usuário encontrar o que procura.